sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Aline VTNC


Nesta outra historinha tinham cinco pessoinhas conversando: “eu”, “ela” e “menino”.

Estava eu e todo mundo conversando numa rodinha, quando de repente, o menino que eu não conhecia começou a conversar comigo:

- Minha namorada tem a minha altura.
- Sério?! Então ela não pode usar salto. (risadinha)
- É (risada de macho), verdade. Comigo ela só sai de rasteira.
- Ah não, Pra mim mulher pra ser mulher tem que usar salto. *TOM IRÔNICO* (risadinha)

De repente “ela” se mete no papo me cortando e falando assim:

- Quem é tu pra dizer quem é mulher de verdade ou homem de verdade?

{ VAI TOMAR NO CU. Nunca imaginei que pudesse estar criando uma cobra entre as minhas amizades. Porra, guria além de mimada (Porque sim, ela é a mesma da história a baixo) é preconceituosa. Falou isso por que eu sou gay. E quis dizer que eu não era homem de verdade por causa da minha sexualidade. Aff. }

Mas eu engoli de boa, levei na esportiva (como sempre), e continuei brincando.

- Olha só para os travestis. A primeira coisa que eles fazem quando querem se tornar mulher de verdade é por um salto 15. (risadinha)

Ela me corta de novo e fala:

- Mas nunca vão ser mulher de verdade porque a vagina deles é operada e a minha é de verdade.

E me irrito e respondo:

- Cala boca guria, tem muito travesti que é muito mais mulher que tu sua trouxa.

Mostrei meu lindo dedo do meio torto enquanto ela falava um monte pra mim.

{Ah, vamo combinar né?! Tem muito trans que não merece ouvir criancice de uma pirralha só porque ela se acha invaginada corretamente. Quando ela tiver cabeça de mulher e pensar igual a uma ela que fale comigo. #PRONTOFALEI}

Aline na fúria

Era uma vez um menino chamado “eu” e uma garota chamada “ela”!
Na primeira história temos “eu”, “ele”, “ela”, “professora” (que é professora d”ela”), “namorado” (Que é namorado d”ela”) e “galera” (Que é o resto).

Nós estávamos numa festa de aniversária de um amigo. Festa vai, festa vem “ela” começa a beber cerveja. De repente ela começa a fingir que está completamente bêbada, começa a subir nas coisas (Em cima do quebra-corpo da ponte de arame) e gritar. “Eu” fico observando e pensando: “Aff, se achando a bêbada!”.
Porém depois de alguns minutos chega a “professora” dela, que se apresenta pra “galera”, pra mim (eu falando) e pra todo mundo. Quando de repente “ela” chega e fala pra professora antes de eu falar meu nome: “Ele é gay!”.

{ Vai tomar no cú. Quem é ela pra sair abrindo minha vida pessoal pra qualquer um que ela vê na rua. Eu assumi pros meus amigos não para os dela. Ela devia pensar duas vezes antes de falar minha sexualidade por ai sem perguntar se eu me importo ou não. Tem pessoas que eu falo tranquilamente, tem pessoas que não. Ela pode confiar MILHÕES de vezes na professora dela, mas como ela sabe que eu confio?! }

Eu engoli a seco o que ela falou e respondi da seguinte forma: “E ela é uma atriz. Por que finge muito bem estar bêbada!”. “Ela”, achando realmente que ela tinha mais direito de ficar ofendida que “eu”, saio puta dos cornos e “eu” fiquei tranqüilo.
Quando voltamos para dentro da casa a “galera” começou a brincar de “verdade ou conseqüência” e na brincadeira caí “eu”. Dialogo galera comigo:

- Já se masturbasse pensando numa menina?
- Sim, algumas.
- Tem alguma na sala?
- Sim.
- Quem?
- A “ela”.

Ela ficou puta, achando que a afirmação dizia respeito mais a ela do que a mim, sendo que na verdade, o que eu disse só dizia respeito a mim e ao meu intimo e não ao dela. Então ela começou a ficar puta dos cornos e sai dizendo: “Ó, quem é tu pra falar essas coisas. Isso é coisa que se fale na frente dos outros? Por que tu falou isso seu sem noção.”
Só que “ela” havia esquecido que ela já havia dito algo completamente parecido uma vez. Ela disse sobre um menino que ela já tinha se masturbado pensando e falou inclusive, na frente da “galera”. E foi o que eu disse. Dialogo eu e ela:

- Mas o. Você já fez a mesma coisa. Já falou na frente da galera a mesma coisa! –
- Eu falei?
- Sim, você.
- Quem?

Quando eu olhei, estavam assim. “namorado” dela, “ela e o “ele” (Que é o menino que ela falou). Então eu continuei:

- Tem certeza que é pra falar?
- Fala... Quem?
- Olha “ela”, você não vai gostar.
- Fala. Ou é mentira?

Na hora eu pensei: “Ou eu falo, ou eu passo por mentiroso!”

- O “ele”!

Eu disse com um belo sorriso no rosto com um ar de “dever cumprido”!
De repente sai ela e o namorado enfurecidos e vão (dois emos) chorar do lado de fora da casa.
Agora me respondam. Quem foi o errado? Ninguém merece. No outro dia, todos os amiguinhos dela foram falar com os meus pra eu pedir desculpas pra ela... Aff, ninguém merece. Guria mais mimada!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FourSeasons

Evolução. Tanto pode ser modificado por causa das experiências e tantas outras coisas nas quais o ser humano é submetido. Cada situação é como se fosse uma oportunidade dada ao envolvido em pró de sua evolução. Que é constante.
Assim como o próprio ser humano, senti esses dias algo diferente em meu redor. E fuçando minhas lembranças acabei vendo 12 imagens de deuses que se dispersavam. Era como se eles se dissolvessem no ar e sumiam, ou talvez, na verdade apenas seguia cada um sua vida, evoluindo individualmente para lados e caminhos opostos. Afastavam-se.
Via-me sozinho de novo. Levanto a vassoura que deixei cair, e, vou até o sofá, onde observo a mobília sem vida e fria. O sentido da via se resumia em um mês. Apenas eu ali sentado, e, sem reconhecer nem ao menos as imagens desfocadas que haviam aparecido. Restava-me apenas a lembrança do que algum dia elas foram e significaram, afinal, cada mês mudou à sua maneira, e, pude vê-los entregando seus postos e abandonando o ano inteiro, me deixando sozinho num final de inverno com lacunas a serem preenchidas.

Lunc Setembro: Havia chegue setembro. Passara-se um longo ano e um mês desde que aquelas imagens de deuses haviam aparecido a mim. Sobrara apenas a caneta e o papel manchado de tinta molhada pelas lagrimas que me desanimavam a perceber que a cada dia mais velho, mais tudo mudava, e como todos acabam traçando caminhos diferentes. O sol já nem se mostra tanto, e, as estações estão cada vez menos reconhecíveis.

Fecho meus olhos e tento lembrar o que realmente havia escrito sobre os tais deuses que se haviam ido, e, deixado apenas a saudade e um papel borrado. Lembro-me de ter escrito “Em um ano aprendo que...”.

Mas na verdade, o que escrevi sobre cada mês é apenas o fragmento de prova, ignorada pelo mundo, que tudo muda. Não reconhecia nem as estações, e, nem mesmo os meses do ano. Cada característica parecia ter sumido, e, deixado no lugar, uma mais madura para substituir a imaturidade.

Na minha casa havia sobrado as pessoas, a vassoura já levantada, uma vida inteira, e, até a cachorrinha ainda estava ali. Só eu que não. Aquele setembro estava diferente.

Porém, no meio de tanto barulho, escuto no fundo um silencio notório. Um som constante de absolutamente nada misturado com coisa nenhuma. Que me fez escutar vozes e admirá-las. O que posso fazer no fim das contas, se aprendi que as vozes que me encantavam não vão mais estar comigo ano que vem? O mesmo que fiz no ano passado, afinal, nem amigos, nem família, nem anjos são eternos. Tudo toma seu rumo, e, na maioria das vezes vai sozinho. A transformação é tão cruel quanto madura.

Ignoro os pensamentos. Foco no som. Eram onze vozes que pareciam harmonicamente chamar meu nome. Algumas nem ao menos eu já tinha visto seus donos, e outras, já fazia um tempo que não escutava. Mas alguma coisa me dizia que naquele ano eu me deixaria influenciar por seus timbres imaginários.

Pego caneta e papel e começo com...

Em um ano aprendo que:

Isabella Felix - Janeiro:
Ine Campos - Fevereiro: http://www.youtube.com/watch?v=hJ7Vzt50PxE
Matt Viana - Março:
Eddy Torres - Abril: http://www.youtube.com/watch?v=D7sV-wkYB-k
Roger Nichele - Maio: http://www.youtube.com/watch?v=oAWgUG-PBN4
Jonata Fisher - Junho:
Henri Silverter - Julho: http://www.youtube.com/watch?v=TIZzgjDIMkI
Danilo Sabino - Agosto: http://www.youtube.com/watch?v=aJOX7dNoGcg
Lorena Tavares - Outubro: http://www.youtube.com/watch?v=lSYOtbWfXKU
Jean Rodrigues - Novembro: http://www.youtube.com/watch?v=rFu_BqXcJzs
Dani Hoffmann - Desembro: http://www.youtube.com/watch?v=x_q_VP5Yddo

Cada um de um jeito especial, e, mudando... Afinal, todas as coisas evoluem. E eles. Eles definitivamente evoluem a cada segundo. Depois de escrito seus nomes, e, percebido que falharia se tentasse descrevê-los, me desfiz e dormi. Bastaria me deixar evoluir, e, torcer para que eu tenha realmente seguido o meu rumo certo, como as imagens do ano passado!

Cada característica completa um indivíduo de forma única, e, não permanentemente pode ir-se embora e deixar em seu lugar um ensinamento precioso, ou tão só, uma justificativa falha. Mas podem ir-se, e, é assim, que mudamos.

domingo, 8 de maio de 2011

Filosofanças

O ser humano foi programado para viver, e não para acertar.

(Aline Caroline Dandoline Idaline)

J

Um dia, uma amiga me falou que eu deixaria de ser egocêntrico quando me apaixonasse por alguém. As coisas vão acontecendo na vida de forma que modelam todos os pensamentos e faz as pessoas crescerem de acordo com o tempo de cada um. Eu sempre acreditei que eu estava pronto para amadurecer mais cedo. Eu sempre me achei precoce em relação a amadurecimento e seria sábio no auge dos meus vinte anos.
Vivendo nessa noite cheia de medos e aflições. Andando de um lado para o outro, tomando água e andando mais. Presenciando essa vontade de voltar no tempo e não fazer nada que fiz, por perceber que agi imaturamente. Teria algumas coisas que eu deveria falar a essa amiga. Algumas dessas coisas seriam para tentar mostrar que eu sei agora o que ela sentia quando eu a superestimava.
Eu sempre elogiei essa amiga de forma descontrolada. Elogiava e elogiava acreditando que isso ajudaria ela. Na verdade eu achava que eu iria gostar de ser elogiado o tempo inteiro, e, que todos reconhecessem os meus talentos e minha suposta maturidade. Eu definitivamente não entendi quando ela me pediu pra para, que estava fazendo mal a ela.
Eu definitivamente não entendia. Não entendia muitas coisas que entendo agora. Eu aprendi a chorar, aprendi que ser superestimado te pressiona a não errar, me faz mal pensar que eu não vou suprir as expectativas alheias, aprendi a amar e sofri por agir imaturamente. Eu não sei se deixei de ser egocêntrico, mais eu só queria falar à essa minha amiga que eu entendo agora do que ela estava falando.