Evolução. Tanto pode ser modificado por causa das experiências e tantas outras coisas nas quais o ser humano é submetido. Cada situação é como se fosse uma oportunidade dada ao envolvido em pró de sua evolução. Que é constante.
Assim como o próprio ser humano, senti esses dias algo diferente em meu redor. E fuçando minhas lembranças acabei vendo 12 imagens de deuses que se dispersavam. Era como se eles se dissolvessem no ar e sumiam, ou talvez, na verdade apenas seguia cada um sua vida, evoluindo individualmente para lados e caminhos opostos. Afastavam-se.
Via-me sozinho de novo. Levanto a vassoura que deixei cair, e, vou até o sofá, onde observo a mobília sem vida e fria. O sentido da via se resumia em um mês. Apenas eu ali sentado, e, sem reconhecer nem ao menos as imagens desfocadas que haviam aparecido. Restava-me apenas a lembrança do que algum dia elas foram e significaram, afinal, cada mês mudou à sua maneira, e, pude vê-los entregando seus postos e abandonando o ano inteiro, me deixando sozinho num final de inverno com lacunas a serem preenchidas.
Lunc Setembro: Havia chegue setembro. Passara-se um longo ano e um mês desde que aquelas imagens de deuses haviam aparecido a mim. Sobrara apenas a caneta e o papel manchado de tinta molhada pelas lagrimas que me desanimavam a perceber que a cada dia mais velho, mais tudo mudava, e como todos acabam traçando caminhos diferentes. O sol já nem se mostra tanto, e, as estações estão cada vez menos reconhecíveis.
Fecho meus olhos e tento lembrar o que realmente havia escrito sobre os tais deuses que se haviam ido, e, deixado apenas a saudade e um papel borrado. Lembro-me de ter escrito “Em um ano aprendo que...”.
Mas na verdade, o que escrevi sobre cada mês é apenas o fragmento de prova, ignorada pelo mundo, que tudo muda. Não reconhecia nem as estações, e, nem mesmo os meses do ano. Cada característica parecia ter sumido, e, deixado no lugar, uma mais madura para substituir a imaturidade.
Na minha casa havia sobrado as pessoas, a vassoura já levantada, uma vida inteira, e, até a cachorrinha ainda estava ali. Só eu que não. Aquele setembro estava diferente.
Porém, no meio de tanto barulho, escuto no fundo um silencio notório. Um som constante de absolutamente nada misturado com coisa nenhuma. Que me fez escutar vozes e admirá-las. O que posso fazer no fim das contas, se aprendi que as vozes que me encantavam não vão mais estar comigo ano que vem? O mesmo que fiz no ano passado, afinal, nem amigos, nem família, nem anjos são eternos. Tudo toma seu rumo, e, na maioria das vezes vai sozinho. A transformação é tão cruel quanto madura.
Ignoro os pensamentos. Foco no som. Eram onze vozes que pareciam harmonicamente chamar meu nome. Algumas nem ao menos eu já tinha visto seus donos, e outras, já fazia um tempo que não escutava. Mas alguma coisa me dizia que naquele ano eu me deixaria influenciar por seus timbres imaginários.
Pego caneta e papel e começo com...
Em um ano aprendo que:Isabella Felix - Janeiro:
Ine Campos - Fevereiro: http://www.youtube.com/watch?v=hJ7Vzt50PxEMatt Viana - Março:Eddy Torres - Abril: http://www.youtube.com/watch?v=D7sV-wkYB-kRoger Nichele - Maio: http://www.youtube.com/watch?v=oAWgUG-PBN4Jonata Fisher - Junho:Henri Silverter - Julho: http://www.youtube.com/watch?v=TIZzgjDIMkIDanilo Sabino - Agosto: http://www.youtube.com/watch?v=aJOX7dNoGcgLorena Tavares - Outubro: http://www.youtube.com/watch?v=lSYOtbWfXKUJean Rodrigues - Novembro: http://www.youtube.com/watch?v=rFu_BqXcJzsDani Hoffmann - Desembro: http://www.youtube.com/watch?v=x_q_VP5YddoCada um de um jeito especial, e, mudando... Afinal, todas as coisas evoluem. E eles. Eles definitivamente evoluem a cada segundo. Depois de escrito seus nomes, e, percebido que falharia se tentasse descrevê-los, me desfiz e dormi. Bastaria me deixar evoluir, e, torcer para que eu tenha realmente seguido o meu rumo certo, como as imagens do ano passado!
Cada característica completa um indivíduo de forma única, e, não permanentemente pode ir-se embora e deixar em seu lugar um ensinamento precioso, ou tão só, uma justificativa falha. Mas podem ir-se, e, é assim, que mudamos.